Intercâmbio e Ano Novo | Como é passar a data fora do país?

Atualizado em 23 de setembro de 2022

Estamos chegando a mais um final de ano. Em 2015, muita gente conseguiu realizar o sonho do intercâmbio e a Egali está extremamente feliz em fazer parte disso 🙂

Sabemos que muitas histórias, experiências e novas amizades foram construídas. Mas nem sempre é fácil aceitar o desafio de sair da sua zona de conforto, principalmente nessas datas festivas de Natal e Ano Novo, onde toda a família se reúne e há (para alguns) um sentimento diferente no ar.

Bom, foi por isso que reunimos neste post 4 depoimentos de intercambistas que passaram o ano novo longe da família (e do Brasil). Vamos ver o que eles nos contaram?

 

Iazana Matuella – Londres

Pude vivenciar a virada do ano em Londres no meu período de intercâmbio e resumo essa experiência em uma palavra: gratidão.

Poder experimentar uma data comemorativa como essa, que é celebrada em todo o mundo, em outro país é uma mistura de emoções. Por um lado é possível fazer comparações com teu país afinal, todos comemoramos essa data.

Apesar de ter a clássica contagem regressiva era frio, muito frio e eu pensava “não tenho um casaco branco pra usar no réveillon”. Depois percebi que eu seria a única pessoa de branco, pois ninguém dá a mínima pra isso.

Por eu morar com pessoas de outras nacionalidades foi uma troca interessante saber como cada lugar tem seus pequenos costumes nessa data. Lembro de ter cozinhado lentilha para todos na noite, outra coisa que era só brasileira.

Após a janta, pegamos o metro e fomos assistir os fogos na London Eye e ouvir as badaladas do Big Ben. Chegando lá, só conseguia pensar em como eu estava grata pela minha família, meus amigos do Brasil e novos e pelo privilégio de estar tendo aquela experiência.

Eu sempre amei o momento da virada de ano, é aquele breve momento mágico que, apesar dos momentos ruins, você pode agradecer ter vivido mais um ano, ter tido experiências maravilhosas. É aquele momento que você pode deixar pra trás o que aconteceu, respirar fundo e saber que tudo pode dar certo. E ter essa experiência durante o intercâmbio fez esse fôlego ser maior e mais cheio de gratidão e esperança de que tudo pode se concretizar!

 

Marília Florisbal – Brisbane

No ano novo de 2013 para 2014 estava morando em Brisbane, na Austrália, e foi lá onde comemorei esta data junto com os amigos brasileiros que também estavam fazendo o seu intercâmbio por lá. Decidimos celebrar a virada da forma tradicional como faríamos se estivéssemos no Brasil: com direito a lentilha, carne de porco e uvas para dar sorte no novo ano que estava chegando.

Logo depois do jantar pegamos o ferry que atravessa o rio de Brisbane para chegarmos até South Bank, que é um dos lugares mais bonitos da cidade e onde localiza-se a praia artificial, os museus e ótimos restaurantes e pubs, e esperamos para que começassem os fogos de artifício à meia noite.

Após a contagem regressiva começou então o festival dos fogos, que durou alguns bons minutos. O lugar estava lotado de pessoas querendo ver o show. Tudo foi muito lindo e valeu muito a pena, apesar de estar longe da família!

 

Alethéia Hori – Dublin

Passei a virada do ano de 2012 para 2013 em Dublin, na Irlanda. A noite foi realmente inesquecível. Fizemos uma janta com meus amigos no apartamento em que morava em D8. Não me lembro exatamente o que comemos naquele dia, só lembro que tinha lentilha e um cuscuz nordestino MUITO bom que meu amigo fez. Para beber, tínhamos (CLARO) muita Guinness! 🙂

Depois da janta, fomos no parque St. Stephen’s Green para ver os fogos de artifício. Mas, diferente do que estamos acostumados a ver no Brasil, a queima de fogos foi bem discreta. Afinal, até aquele ano não era permitida a queima de fogos na cidade.

A atração principal em Dublin, os pubs, estavam lotados. A galera estava bem mais animada do que normalmente já são. Era tanta gente na rua que poucos conseguiam entrar de fato dentro de um pub. A festa acontecia ali mesmo, na rua, no Temple Bar, por toda a cidade.

A saudade de estar com a família e os amigos foi grande, mas valeu cada segundo. Chega a ser difícil de descrever como foi viver essa experiência com novos amigos e em um lugar tão encantador como Dublin. Viveria esse momento novamente, com certeza!

 

Guilherme Salla – EUA

Meu nome é Guilherme Salla, fiz parte por duas vezes do programa FREE entre os anos 2011/2012 e 2012/2013. Foram experiências sensacionais por conseguir conviver com uma cultura diferente por um bom período de tempo, além de poder observar como as pessoas lidam com determinadas situações.

Pude presenciar, por exemplo, a celebração de New Year’s Day nos Estados Unidos. O período de festividades em si, desde o Natal até esta celebração de final de ano dentro dos Estados Unidos, culturalmente é bastante forte. É exatamente como vemos nos filmes, casas enfeitadas, com decorações nos jardins e um sentimento de união entre as pessoas que perdura além do novo ano que se aproximava.

Nas duas oportunidades que estive nos Estados Unidos durante esta data, em 2013 eu acabei trabalhando no dia então não tive muita oportunidade de celebrar, mas a seguir descrevo minha experiência do ano anterior.

Meu relato aconteceu no dia 31 de dezembro de 2011. Estava morando em Williston, na fria Dakota do Norte. Todo o cenário de neve e decorações natalinas cabem exatamente dentro deste contexto! Foi combinado com o pessoal que morava no mesmo Motel, de celebrarmos a data com um jantar em um dos quartos onde estávamos alocados e, após a virada do ano, fomos ao bar, que concentrava praticamente metade da cidade que procurava por alguma diversão após a virada de ano.

Um fato curioso é que não há uma celebração tão grandiosa quanto aqui no que diz respeito à queima de fogos de artifício. Como vemos nos filmes, essa comemoração com uma gigantesca queima de fogos, acontece no 4 de Julho, dia da independência dos Estados Unidos.

Na ocasião, eu estava dividindo acomodação com alguns brasileiros e peruanos. Foram os caras que fizeram minha viagem valer a pena! Pessoas que dividiam praticamente o mesmo sentimento que nós brasileiros, estar longe de casa, pois eram de estados distantes.

Certamente, esse sentimento de estar longe de casa e dos familiares e amigos com os quais normalmente celebramos a passagem de ano, serviu, para nos conectarmos ainda mais, nos tornando muito mais próximos e criando esse laço de amizade que perdurou até hoje.

• 
  Por Aline Gomes Soy una brasileña apasionada por todo los temas de viajes, los idiomas, la gente, la música y el baile. Creo que las personas son conectadas por sus historias. Si quieren saber más de mí, pueden encontrarme aquí -> @aliensemog